17/10/2010

A SINFONIA UNIVERSAL

O SOM E O TOM DA EXISTÊNCIA,
a partir da Teoria Besteirólica da Criação e outras pascacices consagradas.
Eu Sou o que Sou, viria a dizer em Êxodo 3.14; por ora, dominador e dinâmico, entediava-se pelo nada que o cercava, pelo que resolveu agir, por mãos à obra e justificar seu epíteto de O Criador. Da teoria à prática, iniciaria de fato o Criacionismo com sua voz ribombante por trás das nuvens e entre os raios fúlgidos : “Ainda haverão de falar de Mim! Muito, tanto e in secula seculorum.” — uma citação em latim sempre cairia bem.
Já que era para fazer, que se fizesse grande; big, como diria aquele povo ao norte da linha do equador daquele planeta que seria o mais complicado que se poderia criar na mais trafegada galáxia por vir. Então vamos lá: contraindo-se com um vigor divino, criou um espaço interior que uns primitivos diriam parecer um buraco negro; ato contínuo lançou um portentoso raio de luz que, então, se partiu, dividindo-se em centelhas, milhares delas, das quais parte voltaria à fonte e a outra parte estacionaria no iminente mundo material, em busca do seu retorno à luz divina; até hoje, por todo tempo e sempre. Assim, um onomatopaico bang, dos big como se espera de um Criador que se pretende reconhecido e respeitado com letra maiúscula, ficando doravante registrado como Big Bang, de Sua criação.
Acabadas as últimas atonalidades do Big Bang, sete dias depois, descansou que ninguém é de ferro; ainda mais Ele.
Energias renovadas, o Grande Maestro — e Único: proposta Sua que custaria bastante, em tempo e muito sangue, a ser aceita — prepararia a pauta da grande sinfonia do Universo, onde tudo é relativo, que pretendia orquestrar e reger. Afinal, havia dito hajas e tudo houvera. Ele era simplesmente o Máximo! Sabia muito bem o Seu valor e o prezava, a ponto de estar decidido a , em Seu nome, oprimir, castigar e exigir devoção e submissão; entrega total e sem direito a imortalidades de corpo e alma. Seu admirador Isaias 44.6 o chamaria Senhor dos Exércitos, o que O incentivaria na criação da partitura que tocaria a existência: simples, concisa e sob sua batuta.

Assim:
“Namorar é Tchaicowsky,
Ficar é Rock,
Casar é Mozart (primeiros acordes), depois Ravel,
Orgasmo é Wagner,
Bodas é Sibelius,
Velhice é Schoenberg, depois Marcha Fúnebre (qualquer delas),
E o resto é silêncio.”
Esse seria o TOM.
Três batidinhas com a batuta, atenção, já! Dada a partida, eis que pelos dias vindouros e pela eternidade afora Ele pretenderia reger, com os outros a seguí-Lo (nem todos) e a realidade pretenderia garantir que seria cada um por si e o Maestro contra todos.
Esse seria o SOM.